"Uma funcionária superior do Ministério da Educação, certamente avisada em matéria de avaliação, voltou à ribalta depois de afirmar que ‘os alunos têm direito a ter sucesso’.
É uma declaração e tanto, mas convém não mostrar escândalo. Ela tem razão. Os seus superiores também não mostraram escândalo quando viram os recentes testes de exames que hão-de vir a beneficiar as ‘estatísticas do sucesso’, apesar de os alunos declararem que eram fáceis de mais.
O País tem direito a ter sucesso. Se não o consegue pelos meios habituais – trabalho, exigência, aplicação, dificuldade –, então que se lhe facilitem as coisas. Os alunos do 4º ano não sabem a tabuada? Forneçamos-lhes calculadoras desde o 1º ano. Que isso não impeça o maravilhoso ‘sucesso’ que faz a alegria dos medíocres. É a vida".
É uma declaração e tanto, mas convém não mostrar escândalo. Ela tem razão. Os seus superiores também não mostraram escândalo quando viram os recentes testes de exames que hão-de vir a beneficiar as ‘estatísticas do sucesso’, apesar de os alunos declararem que eram fáceis de mais.
O País tem direito a ter sucesso. Se não o consegue pelos meios habituais – trabalho, exigência, aplicação, dificuldade –, então que se lhe facilitem as coisas. Os alunos do 4º ano não sabem a tabuada? Forneçamos-lhes calculadoras desde o 1º ano. Que isso não impeça o maravilhoso ‘sucesso’ que faz a alegria dos medíocres. É a vida".
Francisco José Viegas
Correio da Manhã
1 comentário:
Essa funcionária, por sinal educadora de infância e pouco dada às lides do ensino secundário, deveria ter dito que os alunos têm o dever de lutar por ter sucesso... Assim, sim!
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