"Salvo as devidas, e raríssimas, excepções, a Educação não está a ser discutida por gente muito educada, pois não? Nem falo dos alunos indignados, já que os pobres não imaginam com quê ou com quem. Mas os jornalistas dedicam à ministra do ramo a arrogância que escondem no contacto com os restantes intervenientes da "luta". A ministra responde aos jornalistas com arrogância similar. Os professores na rua, pelo menos alguns dos que as televisões mostram, garantem que a dra. Maria de Lurdes "é feia" (sic). E Mário Nogueira, típico sindicalista indígena, dispensa comentários.
De longe, porém, o mais excêntrico dos "parceiros sociais" (desculpem o termo) é uma tal Confap, indistinguível do senhor que a preside. Se é público que a Confap é a Confederação Nacional das Associações de Pais e o presidente um sr. Albino Almeida, a natureza de ambos permanece um mistério. O que são? De onde vêm? Para onde vão? O "site"da Confap jura tratar-se de uma estrutura "independente", empenhada em "estudar os problemas relativos à formação global dos jovens" e "intervir junto dos poderes", informações algo vagas. Fora do "site", lembrei-me de dois ou três pormenores sobre a Confederação: costuma opor-se à avaliação e à reprovação das criancinhas; esforça-se por manter as criancinhas presas em "actividades extracurriculares"; defende que as criancinhas "são biologicamente nossas, mas socialmente de toda a comunidade"; certa ocasião, ameaçou processar os blogues que divulgaram o financiamento estatal que, na verdade, recebe. É pouco? Chega.
E sobra. Isto não faz um "parceiro social", faz uma paródia inadvertida dos piores delírios do ministério e dos piores pais. Em lugares menos exóticos, a Confap serviria no máximo de "sidekick", o figurante que dá as deixas essenciais às piadas. O esquisito é que ninguém, na balbúrdia egocêntrica em que o debate do ensino se transformou, aproveita as primeiras para dizer as segundas. Aqui, uma organização como a Confap é ouvida, comentada e levada a sério, o que não tem graça nenhuma. Ou tem, se formos particularmente perversos e, além disso, pudermos pagar escolas privadas".
Alberto Gonçalves
DN
1 comentário:
Poderia aqui ir pela via do "politicamente correcto" e afirmar que o Sr. Alberto é intelectualmente mentiroso. Mas prefiro ser completamente assertivo e não deixar lugar a quaisquer tipo de dúvidas. O SR. É MENTIROSO, ponto, e sabe-o bem.
O subsídio estatal à CONFAP existe de facto, como de facto existem também tantos outros subsídios estatais para tanta coisa, cada um com a legitimidade que o estado entende por bem (alguns dos quais, se calhar, o Sr. já beneficiou...).
Mas o Sr. prefere optar por uma escrita em que prevalece o que parece e não pela efectiva factualidade.
As verbas foram atribuidas à CONFAP, sim, mas o Sr. prefere deixar transparecer a ideia de que essas verbas (as tais que eram referidas nos blogs) teriam sido para pagar directamente a Albino Almeida (sem curar sequer de atender a que na altura ele nem fazia parte da estrutura dirigente da CONFAP).
Essa atoarda, tão difundida por uma série de blogs, muitos deles de "escribas" que facilmente se identificavam como sendo professores (e com os quais o Sr. agora faz coro), só poderia (deveria) merecer processos em tribunal.
Talvez ainda lhe venha a calhar também a si essa sorte... e como a mereceria....
E ter eu que entregar o meu filho, quando vai à escola, aos cuidados de algumas pessoas deste calibre......... (perdoem-me os professores honestos, sem dúvida a maioria, que estes calhordas querem empestar, com os seus métodos próprios de "ratos de esgoto")...
Felizmente que do Sr. (?) Alberto está ele por gora livre... e que assim permanece para todo o sempre.
Já agora, ao autor deste blog: desmarque-se de escribas destes...
Enviar um comentário