A ministra vive um momento de ouro. O seu semblante não engana. Vê-se que a senhora anda satisfeita da vida, pois sabe que a voz dos professores, os sindicatos, estão agarrados a um patético acordo que os deixa de pés e mãos atados, com pouco poder de intervenção nos tempos mais próximos, o que lhe dá a oportunidade de, face à inexistência de um contraditório capaz, poder manobrar a opinião pública a seu bel-prazer através de uma propaganda mentirosa mas plena de eficácia.
Nas escolas assiste-se a tudo isto de braços caídos. O panorama é desolador. Os professores estão resignados à sua sorte e vive-se um clima do salve-se quem puder. A motivação para o protesto perdeu-se e cada professor individualmente tenta adaptar-se da melhor forma ao terramoto que aí vem. A contestação deu lugar a um silêncio ensurdecedor. E com este adormecimento, as justíssimas razões que assistem aos professores nunca serão entendidas.
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