Um dos motivos que levou 100.000 professores a manifestarem-se em Lisboa teve a ver com a contestação ao novo modelo de gestão escolar. Não deixa por isso de ser estranho que, dois meses volvidos, haja uma corrida desenfreada aos lugares disponíveis no Conselho Geral Transitório. Na minha escola há muito boa gente a colocar-se em bicos dos pés para ser colocado nas listas, havendo até quem faça birra por não ter sido um dos escolhidos. Alguns destes colegas justificam a sua candidatura com o argumento estafado de que se não forem eles, obviamente os mais capacitados, os incompetentes poderão tomar de assalto o Conselho Geral, algo que, segundo os próprios, se deve evitar a todo o custo. Confesso que sempre tive um ódiozinho de estimação por estes auto-proclamados salvadores da Pátria que sempre se pelaram por um qualquer lugarzeco na escada do poder, e quando essa oportunidade surge no horizonte são por norma os primeiros a chegarem-se à linha da frente. Os motivos, segundo eles, são os mais nobres: a defesa dos interesses da Escola pelos quais são capazes de fazer os maiores sacrifícios. Este espírito altruísta sempre me suscitou grande desconfiança. Vá lá saber-se porquê!
quinta-feira, maio 08, 2008
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2 comentários:
É necessário um esforço suplementar para demonstrar aos mais esmerados quais as vantagens da não participação. Nenhuma escola perde e nenhum professor é prejudicado. Quem deve avançar com este trabalho, Karadas? Quem tiver lucidez e iniciativa. Ou será que é preciso apelar à presença dos sindicatos para fazer este trabalho?
Admiro quem fala com frontalidade. Isto é cada vez mais raro nos professores. Já nem sabemos indignar-nos. A este propósito, se quiseres ter a ambilidade le ler "Os Empossados" no meu blogue... talvez possas rever ai esses teus colegas!
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