"O triste episódio da Escola do Cerco, no Porto – com um miúdo a gritar "dás-me positiva ou levas um tiro" –, foi desvalorizado porque as crianças, parece, podem fazer o que lhes apetece. Mas dá uma ideia – mais uma – do que o Ministério ignora sobre a vida das escolas. Tendo abandonado os professores em vez de atacar, como devia, a corporação que abunda pelos corredores e gabinetes do Ministério, Maria de Lurdes Rodrigues escolheu o alvo mais fácil e o mais errado.
Os professores são a instituição que resta de uma escola despedaçada e desprotegida, alvo fácil de associações de pedagogos, de pais, de políticos e de energúmenos. Diante da cena macabra divulgada em vídeo, devia-se defender a professora ameaçada, e não desculpar os patifes. Estamos num Mundo de pernas para o ar".
Francisco José Viegas
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