"Podem dois terços dos professores, tantos quantos desceram às ruas de Lisboa, estar enganados? Podem 100 mil profissionais estar ao serviço de um partido, como o nosso primeiro-ministro gosta de dizer de quem protesta contra o seu governo? Pode tanta gente ser, afinal, incompetente, "pseudo-+rofessores que trabalham pouco, ensinam menos e não aceitam avaliações", como disse Emídio Rangel num daqueles momentos em que mais valia estar calado? Claro que não.
Não está em causa a mais do que necessária na educação, nem sequer a justa avaliação a que os professores devem submeter-se. O que está em causa é esta reforma, esta avaliação, em que o governo teimosamente insiste sem admitir que possa ter erros. Há , obviamente, bons e maus professores em Portugal, professores inesquecíveis e professores que deviam mudar de profissão. Mas o governo não pode esperar que acreditemos que aqueles 100 mil que protestaram nas ruas estejam simplesmente de má fé".
Paulo Narigão Reis
Focus
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