"É uma das imagens de marca do país: afirma-se muito, questiona-se pouco. Ontem, João Amado, psicólogo, professor da Faculdade de Psicologia e Ciências de Educação de Lisboa, que tem trabalhado sobre a indisciplina nas escolas, confirmou que isso estava de novo a acontecer a propósito do incidente na escola Carolina Michaelis, no Porto.
Ele voltou a estranhar. Algumas questões que lhe surgiram quando foi confrontado com as imagens nos telejornais de quinta-feira: "Em que medida é que aquela professora tem preparação para dar aulas? Haverá um trabalho conjunto naquela escola? Quantos pais aproveitaram esta circunstância para dialogar com os filhos?
(...)Há alunos e alunos e pais que são maus exemplos. Mas isso não desresponsabiliza a escola, que tem de estar preparada para esta situação de diversidade", alerta João Amado.
O psicólogo recusa, contudo, que a agilização dos procedimentos disciplinares, alegadamente contemplada no novo Estatuto do Aluno, venha resolver alguma coisa: "A autoridade que os alunos têm de reconhecer no professor não passa pelo que está escrito nos regulamentos, mas sim pelo modo como se exerce a docência."
Nas escolas, a violência não se exerce só para um lado: "O respeito pelos professores é fundamental, mas os alunos também têm que ser respeitados", adverte o psicólogo, sublinhando que não poucas vezes "os procedimentos disciplinares são motivo para grandes injustiças".
Público
Nota - São análises como esta que muito têm contribuído para o crescente clima de indisciplina que se vive hoje em dia nas escolas. Cada vez que os petizes descarrilam, é certo e sabido que vários psicólogos são chamados a dissertarem sobre o assunto e, como é habitual, o discurso é sempre o mesmo, assente nas "velhas" teorias da treta que, basicamente, apontam no sentido da desculpabilização do comportamento dos jovens. Confesso que já não tenho pachorra para aturar este e outros quejandos que pululam pelos media e que só dizem alarvidades. Transformados em eminências pardas pela comunicação social (confesso que ainda não percebi porquê!), que os solicitam frequentemente, este senhores deviam ser obrigados a, durante uns meses, dar aulas numa escola problemática de Lisboa ou Porto, para tomar contacto com a dura realidade, que pelos vistos desconhecem, e que nós professores vivemos todos os dias. Estou convicto que as suas fortes convicções sofreriam um duro revés e, por certo, deixariam de dizer barbaridades como aquelas que reproduzimos.
Ele voltou a estranhar. Algumas questões que lhe surgiram quando foi confrontado com as imagens nos telejornais de quinta-feira: "Em que medida é que aquela professora tem preparação para dar aulas? Haverá um trabalho conjunto naquela escola? Quantos pais aproveitaram esta circunstância para dialogar com os filhos?
(...)Há alunos e alunos e pais que são maus exemplos. Mas isso não desresponsabiliza a escola, que tem de estar preparada para esta situação de diversidade", alerta João Amado.
O psicólogo recusa, contudo, que a agilização dos procedimentos disciplinares, alegadamente contemplada no novo Estatuto do Aluno, venha resolver alguma coisa: "A autoridade que os alunos têm de reconhecer no professor não passa pelo que está escrito nos regulamentos, mas sim pelo modo como se exerce a docência."
Nas escolas, a violência não se exerce só para um lado: "O respeito pelos professores é fundamental, mas os alunos também têm que ser respeitados", adverte o psicólogo, sublinhando que não poucas vezes "os procedimentos disciplinares são motivo para grandes injustiças".
Público
Nota - São análises como esta que muito têm contribuído para o crescente clima de indisciplina que se vive hoje em dia nas escolas. Cada vez que os petizes descarrilam, é certo e sabido que vários psicólogos são chamados a dissertarem sobre o assunto e, como é habitual, o discurso é sempre o mesmo, assente nas "velhas" teorias da treta que, basicamente, apontam no sentido da desculpabilização do comportamento dos jovens. Confesso que já não tenho pachorra para aturar este e outros quejandos que pululam pelos media e que só dizem alarvidades. Transformados em eminências pardas pela comunicação social (confesso que ainda não percebi porquê!), que os solicitam frequentemente, este senhores deviam ser obrigados a, durante uns meses, dar aulas numa escola problemática de Lisboa ou Porto, para tomar contacto com a dura realidade, que pelos vistos desconhecem, e que nós professores vivemos todos os dias. Estou convicto que as suas fortes convicções sofreriam um duro revés e, por certo, deixariam de dizer barbaridades como aquelas que reproduzimos.
3 comentários:
Apoiado. A única forma de salvar o que resta do nosso ensino é impedir os que não querem/não sabem estar numa sala de aula de continuar a a ir à escola dia após dia só para prejudicar os que querem trabalhar e, por falta de meios, não têm alternativa.
Afinal queremos defender os que se esforçam ou os parasitas e os delinquentes?
A quem interessa a manutenção deste estado de coisas?
Mas, quantos destes psicólogos já estudaram "in loco" a vivência real de uma sala de aula? Poucos ou nenhuns, certamente...
nada como pô-los numa escola a dar aulas uns dias para eles finalmente aprenderem alguma coisa para lá das teorias bacocas!!
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